Descrição
Autor: Carlos Heitor Cony
Edição nacional, em Português. Em ótimo estado de conservação.
240 páginas. Editora Alfaguara.
Alfaguara publica romance clássico de Carlos Heitor Cony, primeiro autor brasileiro do selo de ficção literária da Objetiva "Quase Memória é um livro comovente. Uma lição de afeto póstumo, de delicadeza, de simpatia." - Marcelo Coelho, Folha de São Paulo Lançado originalmente em 1995, Quase Memória marcou a volta de Carlos Heitor Cony à ficção de forma consagradora, depois de mais de vinte anos afastado da literatura. A obra ganhou, em 1996, os prêmios Jabuti de Melhor Romance e de Livro do Ano, pela Câmara Brasileira do Livro. Ponto alto na produção literária brasileira das últimas décadas, este romance explora o território entre a ficção e a memória a partir das reminiscências do autor sobre o pai morto. Nele, Cony mapeia minuciosamente a relação pai e filho: os sentimentos contraditórios, as alegrias e tristezas que não se esquecem, o afeto incondicional e, acima de tudo, a cumplicidade. Tendo o Rio de Janeiro das décadas de 40 e 50 como cenário, a história começa quando o autor recebe um embrulho sem remetente na recepção de um hotel cujo restaurante costuma freqüentar. A primeira reação é achar que se trata do original de um livro, como muitos que costumam parar em suas mãos. Mas logo os detalhes o surpreendem: a letra no envelope é a do pai morto há dez anos, assim como o nó no barbante e a cor da tinta da caneta. Inconfundíveis. Aquele objeto inesperado desencadeia em Carlos Heitor Cony lembranças do pai (Ernesto, jornalista, como o filho viria a ser) e dos tempos de menino. Ao ativar a memória do autor, o misterioso envelope traz de volta sensações e sentimentos experimentados com o pai, como o cheiro de manga, a capacidade de sonhar, de viver a vida com entusiasmo, a alegria pura da infância, que transforma o ato paterno de soltar balões em algo de proporções heróicas. Com grande sensibilidade e contundência, Cony revisita também os sentimentos contraditórios da relação entre pais e filhos: aqueles momentos em que se alternam vergonha e orgulho, medo e respeito. Cony declarou em entrevista que, em Quase Memória, pensou em "evocar do passado distante a figura do pai. Com a perspectiva do tempo, a deformação do tempo, o metabolismo das coisas, eu descobri que o pai era uma figura muito importante não só na minha vida, mas por ele mesmo. E mais ainda, que eu hoje descubro o seguinte, que qualquer pessoa, você, eu, todos nós, se formos pensar na figura do pai, a gente vai dando descontos de sua personalidade, desconto dos episódios mal resolvidos, nós vemos que ele foi uma grande pessoa. O pai da gente é uma figura muito importante".
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